meta-amor

Mas, em noites de vento e de demência,
Quando saudade rústica lhe rasga
As entranhas de sombra e de aparência,
Soluça e grita! O vento é o seu delírio!
A chuva as suas lágrimas! A treva
É seu amor, que os ares escurece,
Depois de lhe matar o coração,
Que, mesmo em cinza fria, ainda estremece!
Pascoaes

Amores...
Porque esta ideia ultra-romântica do para-além-do-amor, ou do amor para lá, inclusivé, das barreiras da morte e dos limites físicos deste humano, demasiado humano, continua a atrair mais do que dois ou três destes coitados que insistem em pavonear-se deste lado do planeta.
E, contudo, (oh insensatos) chamamos-lhe balelas!

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