"Devemos preferir a visão poética ou saudosa da Existência. Devemos considerar esta como um produto dos mesmos elementos da saudade: a lembrança formal e a esperança essencial, a força perturbadora e a criadora -, esse invisível que do futuro para se tornar visível no passado, uma acção anímica temporal desenvolvida espacial ou materialmente, que o corpo é espaço e é tempo a alma. Isto em primeira análise, pois, em última, talvez não haja espaço nem tempo, nem corpo nem alma, mas o que quer que é de invisível, de intangível, de incompreensível."
Teixeira de Pascoaes, A Saudade e o Saudosismo
Porque o filme, no passeio que faz pela(s) odisseia(s) humana(s), nos mostra, ao mesmo tempo, aquela nossa face que olhamos com uma saudade desmedida, talvez porque é, de facto, a saudade daquilo que nunca tivemos... E, da forma como caminhamos, talvez nunca venhamos a ter!
(muito embora Pascoaes diga aqui bem mais do que isso, esse comentário fica para outra altura)